quinta-feira, 8 de março de 2012

A taxa de juros caiu. E agora, como fica minha aplicação?

SELIC cai forte: O COPOM – Comitê de Política Monetária, em reunião realizada em 07 de março de 2012, reduziu a meta SELIC de 10,50% para 9,75%. Considerando que o ano tem 252 dias úteis, dá uma média de 21 dias úteis por mês. Nesta proporção, 9,75% ao ano equivale a 0,7783% ao mês. Ou seja, se a taxa permanecesse inalterada o CDI renderia aproximadamente 0,78% todo mês.
Uma aplicação de R$10.000,00, com prazo de um ano, em renda fixa que pague 100% do CDI, descontado o imposto de renda de 20%, renderia R$780,00.
Essa mesma aplicação na poupança, considerando uma média de 0,55% ao mês, no prazo de 12 meses, renderia em torno de 6,8034%, ou seja, R$680,34.
A diferença (para cada R$10.000) é de R$99,66 a favor da aplicação a 100% do CDI.
Considerando uma inflação projetada em torno de 5,5% ao ano, no primeiro caso o juro real fica em 2,18% e no segundo em 1,24% no período de um ano.
Em ambos os casos podemos concluir que a renda fixa irá fazer muito pouco pelo seu dinheiro daqui pra frente. O que fazer então? Onde aplicar o nosso suado dinheiro?
Não existe uma resposta fácil para este problema. Vai depender do perfil de cada investidor, todavia vamos fazer algumas suposições.
Ações – Somente nos dois primeiros meses de 2012 o IBOVESPA já valorizou quase 16% e os ativos, em sua grande maioria, já estão carros. Para encontrar uma boa oportunidade de investimento de longo prazo, vai ter que garimpar muito. O investidor precisa possuir bons conhecimentos ou contar com uma boa assessoria para entrar agora neste mercado.
Dólar – O dólar comercial esteve próximo a R$1,70 recentemente e em poucos dias, em parte pela ação do governo, já subiu novamente, estando cotado hoje a R$1,7781 para venda. Trata-se de um mercado altamente volátil e que sofre forte pressão internacional e interferência do governo. Não é para amadores.
Existem diversas outras opções como imóveis comerciais para renda (aluguel) ou montar um negócio próprio. Em ambos os casos há que se fazer uma análise bem detalhada antes de tomar a decisão.
Eh! A vida de investidor não é nada fácil.
Se o seu capital permitir (tiver um bom volume) resta a máxima do mercado – diversificar.
Bons negócios!!!

3 comentários:

  1. E sobre o Tesouro Direto, o que vocês têm a dizer?
    Fernando

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    Respostas
    1. Entre os títulos do Tesouro, sugiro aqueles indexados à inflação, que estão pagando acima de 4,20% a.a. além do IPCA. Pode funcionar como um seguro no caso da inflação subir.

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  2. Ok, muito brigado!
    Fernando

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