PREVIDÊNCIA PRIVADA. VALE A PENA?
PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre
O PGBL é o principal plano de previdência complementar
aberta. O plano não tem rentabilidade predeterminada. O dinheiro acumulado pelo
participante é aplicado em um Fundo de Investimento Especialmente Constituído
(FIE), que é atualizado diariamente com base no valor diário de suas cotas.
VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre
O VGBL é um seguro de vida com cláusula de cobertura por
sobrevivência. A rigor, o VGBL não é um plano de previdência complementar, pois
se enquadra no ramo de seguro de pessoas.
CUSTOS
Taxa de administração
Situa-se, na maioria dos planos, entre 3% e 4% ao ano e é
destinada a cobrir custos de administração, corretagens etc.
Taxa de carregamento (Entrada e saída)
Pode chegar a 5% sobre os aportes mensais. Havendo casos de
cobrança quando do resgate antecipado ou portabilidade.
TRIBUTAÇÃO
Tabela Progressiva
Tabela progressiva para o cálculo mensal do IRPF para o
exercício de 2018, ano base 2017.
Até R$ 1.903,98
Alíquota (isento) ⁄ Parcela a
deduzir do IR (isento)
|
De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65
Alíquota 7,5% ⁄ Parcela a deduzir
do IR R$ 142,80
|
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05
Alíquota 15% ⁄ Parcela a deduzir do
IR R$ 354,80
|
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68
Alíquota 22,5% ⁄ Parcela a deduzir
do IR R$ 636,13
|
Acima de R$ 4.664,68
Alíquota 27,5% ⁄ Parcela a deduzir
do IR R$ 869,36
|
Tabela Regressiva
Até 2 anos
|
De 2 a 4 anos
|
De 4 a 6 anos
|
De 6 a 8 anos
|
De 8 a 10 anos
|
Acima de 10 anos
|
35%
|
30%
|
25%
|
20%
|
15%
|
10%
|
Em minha opinião, um plano de previdência privada não é a
solução para a sua aposentadoria. As taxas cobradas nesses planos geralmente
são muito altas e a tributação também pode ser motivo de surpresa desagradável.
Mesmo que o planejamento tributário tenha sido feito sobe medida para o seu
perfil, caso haja resgate imprevisto antes do programado, a tributação pode
corroer uma parte importante da rentabilidade do fundo, inviabilizando todo seu
planejamento.
A previdência social oficial, o INSS, sozinha, também não
vai resolver o seu problema. Então qual é a solução?
A solução é você adquirir educação financeira suficiente
para fazer a gestão dos seus próprios recursos e montar uma carteira
diversificada para garantir sua liberdade financeira no futuro. Nessa carteira
deverá haver títulos privados, títulos públicos de longo prazo atrelados à taxa
de inflação (Tesouro IPCA) e até mesmo uma pequena parcela de renda variável
(ações).
Se você já tem um plano de previdência privada e quer se
livrar dele, aconselho a estudar primeiro os impactos tributários dessa sua saída
e aguardar o melhor momento. O melhor momento pode ser quando a tributação
atingir alíquotas menores de imposto de renda ou durante uma transição de carreira,
caso você venha a ficar sem renda. Nesse período você pode programar resgates mensais dentro da faixa de
isenção, caso você tenha optado pela tabela progressiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário