segunda-feira, 5 de novembro de 2018

PREVIDÊNCIA PRIVADA.


PREVIDÊNCIA PRIVADA. VALE A PENA?

PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre

O PGBL é o principal plano de previdência complementar aberta. O plano não tem rentabilidade predeterminada. O dinheiro acumulado pelo participante é aplicado em um Fundo de Investimento Especialmente Constituído (FIE), que é atualizado diariamente com base no valor diário de suas cotas.

VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre

O VGBL é um seguro de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência. A rigor, o VGBL não é um plano de previdência complementar, pois se enquadra no ramo de seguro de pessoas.

CUSTOS

Taxa de administração
Situa-se, na maioria dos planos, entre 3% e 4% ao ano e é destinada a cobrir custos de administração, corretagens etc.
Taxa de carregamento (Entrada e saída)
Pode chegar a 5% sobre os aportes mensais. Havendo casos de cobrança quando do resgate antecipado ou portabilidade.

TRIBUTAÇÃO

Tabela Progressiva
Tabela progressiva para o cálculo mensal do IRPF para o exercício de 2018, ano base 2017.
Até R$ 1.903,98
Alíquota (isento)   ⁄   Parcela a deduzir do IR (isento)
De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65
Alíquota 7,5%   ⁄   Parcela a deduzir do IR R$ 142,80
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05
Alíquota 15%   ⁄   Parcela a deduzir do IR R$ 354,80
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68
Alíquota 22,5%   ⁄   Parcela a deduzir do IR R$ 636,13
Acima de R$ 4.664,68
Alíquota 27,5%   ⁄   Parcela a deduzir do IR R$ 869,36

Tabela Regressiva
Até 2 anos
De 2 a 4 anos
De 4 a 6 anos
De 6 a 8 anos
De 8 a 10 anos
Acima de 10 anos
35%
30%
25%
20%
15%
10%

Em minha opinião, um plano de previdência privada não é a solução para a sua aposentadoria. As taxas cobradas nesses planos geralmente são muito altas e a tributação também pode ser motivo de surpresa desagradável. Mesmo que o planejamento tributário tenha sido feito sobe medida para o seu perfil, caso haja resgate imprevisto antes do programado, a tributação pode corroer uma parte importante da rentabilidade do fundo, inviabilizando todo seu planejamento.

A previdência social oficial, o INSS, sozinha, também não vai resolver o seu problema. Então qual é a solução?

A solução é você adquirir educação financeira suficiente para fazer a gestão dos seus próprios recursos e montar uma carteira diversificada para garantir sua liberdade financeira no futuro. Nessa carteira deverá haver títulos privados, títulos públicos de longo prazo atrelados à taxa de inflação (Tesouro IPCA) e até mesmo uma pequena parcela de renda variável (ações).

Se você já tem um plano de previdência privada e quer se livrar dele, aconselho a estudar primeiro os impactos tributários dessa sua saída e aguardar o melhor momento. O melhor momento pode ser quando a tributação atingir alíquotas menores de imposto de renda ou durante uma transição de carreira, caso você venha a ficar sem renda. Nesse período você pode  programar resgates mensais dentro da faixa de isenção, caso você tenha optado pela tabela progressiva.


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