quarta-feira, 22 de agosto de 2012

FII–Fundo de Investimento Imobiliário

A hora e a vez dos fundos imobiliários. Com a tendência de juros cada vez menores em função da redução da meta da taxa SELIC os rendimentos das aplicações financeiras de renda fixa ficam cada dia mais minguados. Aplicar em ações envolve riscos maiores e ainda é uma seara desconhecida para a maioria dos investidores comuns.
Daí surge, como nova onda, uma alternativa intermediária, tanto quanto aos riscos quanto aos rendimentos.
Os fundos imobiliários surgiram no Brasil por volta de 1994, mas só recentemente tem recebido maior atenção dos analistas financeiros e dos investidores comuns.
Um fundo imobiliário é uma comunhão de recursos destinados a investir em empreendimentos imobiliários, tais como shoppings, hotéis, hospitais, prédios de escritórios etc., com a finalidade de obter rendimentos (aluguéis) ou a comercialização. É constituído sob a forma de condomínio fechado, ou seja, não há resgate de cotas, mas sim a venda.
Os rendimentos (aluguéis) distribuídos mensalmente são isentos de imposto de renda para pessoa física, sob algumas condições.
Os FII apresentam algumas vantagens em relação à compra propriamente dita de imóveis, tais como:
  • Possibilidade de fracionamento;
  • Evita-se a burocracia dos cartórios de registros e dos impostos, como ITBI;
  • Distribuem renda mensal em dinheiro;
  • Maior liquidez na hora de vender que um imóvel;
  • Possuem administração profissional;
  • A cotas são negociadas na BM&FBOVESPA e podem ser adquiridas sem sair de casa, através de uma corretora, por telefone ou pelo Home Broker (internet).
Os riscos associados são os de mercado, decorrentes de crises econômicas, redução do preço dos aluguéis ou vacância.
Para ver a lista dos FII clique aqui.
Para saber se a cota de um FII está cara ou barata basta dividir o valor do último rendimento mensal distribuído, se ele for constante, ou a média dos últimos doze meses, se ele estiver variando muito ao longo dos últimos meses, pela rentabilidade desejada.
Vejamos um exemplo:
Em 22 de agosto de 2012 o FII CSBC11 era cotado na bolsa em R$1.090,00. O último rendimento distribuído, em julho de 2012, foi de R$8,00, constante desde janeiro de 2012.
Vamos supor que o rendimento desejado seja de 0,70% ao mês, líquido.
Então vamos devidir R8,00 por 0,0070, encontrando R$1.142,86. Esse é o valor que estaríamos dispostos a pagar pela cota. Como a cota está valendo R$1.090,00 podemos fechar o negócio.
Vale lembrar que rendimento passado não é garantia de rendimento futuro, sendo este critério apenas um balizador.

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